Diagnóstico

    O diagnóstico correcto e precoce da diabetes e das alterações de tolerância à glicose é extremamente importante porque permite que sejam adoptadas medidas terapêuticas que podem evitar o aparecimento da doença nos indivíduos com tolerância mínima e retardar o aparecimento das complicações crónicas nos pacientes doentes.                                                                                                                                        

    O diagnóstico clínico da diabetes é, muitas vezes, sugerido pela presença de sintomas como: aumento da sede e do volume urinário, infecções recorrentes, perda de peso inexplicável e, em casos graves, sonolência e coma. Estão, geralmente, presentes níveis elevados de glicose no sangue.

    O diagnóstico da diabetes baseia-se fundamentalmente nas alterações das concentrações de glicose no sangue em jejum e após uma sobrecarga de glicose por via oral.

     Os critérios de diagnóstico baseiam-se num teste oral de tolerância à glicose (TOTG), que consiste na medição da glicose plasmática em jejum e duas horas depois, com uma sobrecarga oral de 75g de glicose, conforme descrição nas tabelas 1 e 2. Os quadros incluem as diversas categorias diagnósticas para adultos. Nas crianças a dose oral de glicose é determinada com base no peso corporal: 1,75g por Kg. Os critérios de diagnóstico são semelhantes aos utilizados nos adultos.

 

*Este diagnóstico deve ser verificado.

      Os requisitos para confirmação do diagnóstico numa pessoa com sintomas e elevada hiperglicemia, diferem dos necessários numa pessoa assintomática com valores de glicemia apenas ligeiramente acima do valor limite para o diagnóstico. Uma hiperglicemia grave detectada em condições de stress agudo pode ser transitória e não deve por si só ser considerada como diagnóstica de diabetes. Numa pessoa assintomática, o diagnóstico nunca deve ser feito com base num único valor anormal de glicemia. É essencial, pelo menos, mais um teste à concentração de glicose no sangue/plasma com resultado positivo, em jejum, ou um teste oral de tolerância à glicose (TOTG).

    Se estes testes não permitirem confirmação do diagnóstico da diabetes, é aconselhável manter vigilância e fazer testes periodicamente até que o diagnóstico seja claro.